What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Tuesday, May 23, 2006

Personalidades



Jake Gyllenhaal

Hoje em dia este nome já não é nenhuma novidade. Jake Gyllenhaal ficou recentemente conhecido por ter feito um dos filmes mais polémicos deste ano, “Brokeback Mountain”.
Mas a sua carreira não se faz só de polémicas. Jacob Benjamin Gyllenhaal, nascido a 19 de Dezembro de 1980 em Los Angeles (Califórnia, USA), filho do director Stephen Gyllenhaal e da produtora e escritora de argumentos cinematográficos Naomi Foner e também irmão mais novo da também actriz Maggie Gyllenhaal, cedo entrou no mundo do cinema (aos 11 anos).
O primeiro filme que o celebrizou foi “Donnie Darko” (2001) onde contracenou com a sua irmã e pôde mostrar quão era bom na arte de representar. Ao longo do tempo e com óptimas críticas, o filme ganhou o estatudo de filme de culto.
Depois deste seguiram-se outros filmes como “The Day After Tomorrow” (2004) e o polémico “Brokeback Mountain” onde acho que ele está fabuloso. 2005 foi com certeza o ano de maior produtividade, quatro filmes protagonizados só neste último ano, dos cerca de 18 que compõem a sua pequena carreira.
Para além disso, os filmes que protagonizou foram sempre partilhados com outros grandes nomes do cinema como Sir Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow em “Proof” ou Susan Sarandon e Dustin Hoffman em “Moonlight Mile”.
Escolhi Gyllenhaal porque considero-o um dos melhores actores, senão o melhor actor da sua geração. A sua forma de representar arrepia na forma natural como encara qualquer personagem, desde um rapaz psicótico aparentemente normal; um viciado em matemática ou um soldado americano numa guerra sem adversários; a um homossexual sem vergonha daquilo que sente nem das escolhas que faz. E é de tal maneira bom que basta olhar para os seus olhos e perceber o que ele sente lá no fundo. Ou seja, é daqueles actores cujo corpo e mente se deixam apoderar pela personagem por algum tempo.
Acho que este é um dos actores que vai representar até morrer. Pelo menos, assim o espero.

Filmografia:

City Slickers (1991)
A Dangerous Woman (1993)
Josh and S.A.M (1993)
Homegrown (1998)
October Sky (1999)
Donnie Darko (2001)
Bubble Boy (2001) [Bubble Boy - Um Rapaz Especial]
Lovely & Amazing (2001)
The Good Girl (2002) [É Agora ou Nunca]
Highway (2002)
Moonlight Mile (2002) [Sonhos Desfeitos]
The Day After Tomorrow (2004) [O Dia Depois de Amanhã]
The Man Who Walked Between the Towers (2005)
Brokeback Mountain (2005) [O Segredo de Brokeback Mountain]
Proof (2005) [Proof - Entre o Génio e a Loucura]
Jarhead (2005) [Máquina Zero]
Zodiac (2006) - ainda por estrear

Monday, May 22, 2006

A Grande Noite da (Des)Ilusão

Ontem teve lugar na sic a XI Gala dos Globos de Ouro, gala essa onde se pretende premiar os melhores do ano em categorias como Teatro, Cinema, Moda, Música e Desporto.
O início da festa foi deslumbrante, uma junção de uma cantora lírica com outras cantoras (Wanda Stuart, Vanessa, etc) e alguns acrobatas que faziam as suas manobras ao mesmo tempo. Isto dava a entender que o que viria a seguir ainda seria melhor. As expectativas eram muito grandes... ou não.
Logo o primeiro globo entregue parecia mostrar que realmente este ano as coisas iam ser diferentes. Na categoria de Teatro, o globo para melhor actriz foi para Luísa Cruz que protagonizou as peças “Orgia” no Teatro Nacional e “Sangue no pescoço do gato” na Cornucópia que tive oportunidade de ver e simplesmente me arrepiou. Ou seja, não podia achar o prémio mais bem entregue.
Não me perdendo muito pelos vencedores dos prémios, acho importante aqui mostrar a minha indignação com determinadas situações desta gala. Logo a primeira está no critério que os organizadores dos prémios deram às categorias e à própria escolha dos vencedores do globo. Na categoria de desporto tínhamos o globo para “melhor desportista” no qual só estavam nomeadas mulheres. Pronto, parece que este ano só nós fizemos grandes coisas. Já não vou pôr isso em causa. O pior é ver depois uma categoria de “Melhor Futebolista”. Ora eu pergunto-me: o que é que um jogador de futebol é mais que um desportista? Qual é a diferença? Porquê pôr o futebol numa categoria à parte? Os futebolistas não passam de desportistas. Acho que isto mostra a sociedade em que vivemos e aquilo que para muitos é um maior investimento e não um simples apoio ao desporto. Por isso muita gente não conhece a maioria das modalidades nem quem nos representa lá fora, basicamente porque esses denominados “desportistas”, não têm a mesma mediatização nem o mesmo apoio monetário que um jogador de futebol. Porque para um atleta conseguir algum apoio, precisa de mostrar o que vale, ganhar medalhas para conseguir o prémio monetário; coisa com que um jogador de futebol, num espaço próximo, não precisa de se preocupar. Mas como pode um atleta fazer bons resultados se não tiver apoios nem condições para treinar? Fica a reflexão...
Ainda dentro do desporto, o critério de escolha dos vencedores, não é menos problemático. A vencedora da categoria de melhor atleta foi Ticha Penicheiro. Provavelmente devem ser poucos aqueles que ouviram falar dela. Trata-se de uma jogadora de basquetebol. Sem pôr em causa as qualidades da atleta em si, pergunto-me se este prémio não era para ser entregue a um atleta que nos representasse e trouxesse o nosso nome ao mundo. É que, esta senhora joga basquete não em representação do nosso país mas sim de qualquer outra equipa estrangeira, nomeadamente uma americana visto neste preciso momento estar na NBA. Afinal o que é que se pretende premiar? Um atleta que dá o nome por Portugal ou um atleta de nacionalidade portuguesa?
Pior que isso foi a interrupção a meio da performance da Mariza. Enquanto ela cantava, decidiram que era ali que se deveria pôr o intervalo para os anúncios comerciais. Foi realmente uma coisa muito triste e uma falta de respeito para com a artista e para com todos os fãs que a estavam a ver em casa, deliciados com a sua voz.
Daí para a frente toda a gala desceu em qualidade entre as muitas gafes da maioria dos apresentadores e outros pequenos erros.
Só mais um pouco para referir o discurso emocionado de Nuno Lopes, que ganhou o globo de melhor actor de cinema, curiosamente nomeado ao lado de seu “mestre”, Luís Miguel Cintra.
Concluindo, foi feita uma grande expectativa à volta desta gala, mostrando um deslumbramento e uma qualidade maior de espectáculo. No entanto, para quem seguiu a gala de perto, acho que se apercebeu de que tudo não passou de uma ilusão.
E, assim, sem mais nada, tudo acabou numa grande desilusão.

Thursday, May 18, 2006

FATAL
Ainda a alguns dias do festival terminar, mas visto não me ser possível ir lá todas as noites, faço aqui a minha conclusão acerca do Festival.
As três peças que fui ver são e serão para sempre inesquecíveis e mais um veículo para o meu caminho dentro desta área.
A organização foi muito bem feita, a simpatia também e a forma como somos recebidos naquele espaço dá-nos imensa segurança. Fora pequenas situações de atraso, que foram completamente esquecidos de cada vez que a peça se iniciava e se desenrolava. Depois, há que ter em conta o belo "quarto de hora académico" que tantas profs na minha faculdade gostam de referir.
Embora não tenha havido oportunidade de assistir às tertúlias, as peças já enchiam o meu cantinho cultural.
Experiência a repetir para o ano, sem dúvida!!!!
Aviso: Caso alguém esteja interessado em ir ver Jacques, o Fatalista pelo Grupo de Teatro de Letras (GTL): A peça está na Cantina Velha da Universidade de Lisboa (a Cantina I), 5as, 6as e Sábados às 21h30. A entrada é livre! Aproveitem! Vão ver que não se vão arrepender!
(Eu vou lá estar um dia de certeza!!!!!)

Sunday, May 14, 2006

FATAL
Dia 11 - Quinta feira
Doze em Fúria, a partir de Sydney Lumet
Cénico de Direito - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Encenação de Pedro Wilson

Doze membros de um júri reúnem-se numa sala para decidir a culpa ou a inocência de um jovem de 18 anos que matou o pai. Desta forma ou o colocam em liberdade ou o enviam para a cadeira eléctrica. No entanto, qualquer que seja a decisão, ela só será posta em prática se os 12 estiverem de acordo. Nenhum pode decidir o contrário. Faz-se a primeira votação: onze consideram o arguido culpado, um acha que ele é inocente. É aqui que começam os problemas.
Cada um destes seres humanos, com vida lá fora, tentam despachar o processo de decisão mas a tarefa parece ser difícil. Aquele que acha que o rapaz está inocente começa a expor todas as suas dúvidas em relação ao processo as razões porque acha que ele é inocente e os outros dão-lhe os seus argumentos a favor da culpabilidade de arguido. Passam por todas as provas do crime desde a arma, às testemunhas e seus depoimentos e à medida que chegam a conclusões mais concretas, muitos vão começando a ter dúvidas se o rapaz é mesmo culpado preferindo decidir que ele é inocente.
No fim a questão fica: Será que devemos enviar alguém para a morte? E se for inocente? É sabido que qualquer pessoa é inocente até prova em contrário. Aqui se revela a complexidade e a responsabilidade de juristas e todos os membros do Direito em tomar a decisão da vida de um outro ser humano.
Mais uma peça espectacular, com alguns momentos divertidos muito bem construída no seu conteúdo fazendo com que o espectador acompanha todos os seus raciocínios.
O cenário tinha uns aspectos interessantes. Para além de doze cadeiras a formar um círculo, no centro estava a cadeira eléctrica, as portas eram feitas de arame (tal como uma prisão) e a janela da sala era a abertura de uma guilhotina quando aberta para cortar a cabeça de alguém. De resto tudo estava muito simplese também com muito bons actores.

Friday, May 12, 2006

FATAL

Dia 10 - Quarta-Feira
Pinóquio & Capuchinho
Rastilho - Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa
Encenação de David Silva

Esta é uma peça diferente. Aqui várias personagens dos contos de fadas se cruzam no mundo da fantasia.
A peça começa com um jogo de luz e sombra onde a avó conta uma história às crianças. Começam a surgir as personagens no palco. Mas... aquelas personagens não são as que todos conhecemos na infância. Há um Pinóquio, ingénuo, simples e que não acredita nas palavras que Gepeto lhe disse de que um dia se tornaria um menino de verdade; um coelho apressado para chegar ao País das Maravilhas e encontrar a Alice. Até lá vai sempre tentando conquistar a Bela Adormecida que é preguiçosa, vaidosa e distraída. Esta por suas vez é alvo das maldades de uma bruxa má do espelho que tem a mania de ser a mais bela e que só se preocupa com a sua beleza e questões de estética.
As mesmas preocupações são divididas com uma Cinderela fútil, convencida que só se interessa por roupas novas e as novidades da moda. tanto a bruxa má, como a cinderela e a Bela Adormecida querem tentar conquistar o principe encantado que neste caso me pareceu ser o papel tomado pelo Peter Pan, um convencido que tenta sempre desacreditar Pinóquio de se tornar num menino de verdade. Pelo meio há uma das raparigas que está a ouvir a história que entra neste mundo das personagens. Também existe uma Branca de Neve muito ingénua, sempre pronta a ajudar o próximo.
Para além destes há também Sininho que só deseja voltar à Terra do Nunca e encontrar Peter Pan de quem se perdeu. E, finalmente, existe uma oferecida Capuchinho Vermelho que tenta assediar Peter Pan e o próprio Lobo Mau que é mais uma "bicha maluca" do que um personagem maldoso e, desta forma, se recusa a "comer" a Capuchinho.

Em termos de cenário é muito interessante o jogo de luz e de sombras para seperar o mundo real (na sombra) do mundo da fantasia (a luz). Foi uma peça muito divertida, especialmente pela personagem do Lobo Mau e as pequenas intervenções que fazia e pela forma como interagiu com o público.
Outra coisa interessante, os actores receberam-nos no palco, e a forma como cada personagem fou apresentada foi muito interessante: em fila, de cada vez que um dizia o nome, os outros todos expressavam uma característica dessa personagem. Também sons e expressões corporais caracterizavam cada um deles.
No entanto, achei que a peça poderia ter um seguimento histórico, não se basear somente nas relações entre personagens. O fim da história é quando Pinóquio se transforma num menino de verdade. A história poderia ter sido mais desenvolvida.

Thursday, May 11, 2006

FATAL
Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa

Durante este mês de Maio está a decorrer o festival de teatro académico no Teatro da Politécnica em Lisboa. Como já seria de esperar, gostando eu de teatro, é óbvio que não podia faltar e esta semana vai ser recheada de visitas ao local para ver a representação de várias peças que lá vão ser apresentadas. E assim que der colocarei uma crítica sobre todas as que fui ver.

Dia 8 - segunda-feira
Jacques o Fatalista, Diderot
Pelo GTL (Grupo de Teatro de Letras), Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Encenação de Ávila Costa

Jacques é um companheiro de seu amo, como que um empregado que prepara os cavalos para ele. No entanto, a sua relação com seu amo é quase de igual para igual, muitas vezes até se mostra superior. Ele acredita que tudo está previamente escrito lá no alto, o destino comanda a vida. O papel do ser humano é aceitar esse destino e conviver com ele mesmo que este seja mau.
A história desenrola-se à volta das histórias amorosas de Jacques. De entre os muitos casos amorosos que tem com várias senhoras da alta sociedade, todas elas muito dispostas a dividir o seu amor com ele, ele acaba por casar com uma empregada da casa de seu amo. Existem muitas cenas cómicas nesta peça, especialmente a parte final envolve toda a peça quando Jacques, que desconfia da mulher pois o amo e ela se apaixonaram, vê o seu destino mal parado mas nada pode fazer (“Jacques, se tens de ser corno (...) [nada podes fazer contra isso] ...portanto dorme!”).

No que diz respeito à peça em termos de estrutura e aspecto, é uma peça muito cómica e divertida, com muito bons actores, especialmente o par masculino Jacques/Amo.
Quanto à encenação, as marcas de que aquilo é obra de Ávila Costa continuam lá tal como fora o ano passado: fundo e palco negros, as luzes numa posição baixa de forma a iluminar somente a cara dos actores ou então o corpo inteiro quando há necessidade disso e também o mesmo olhar para o “horizonte”, para o “nada”. Com isto quero eu dizer, durante toda a peça é muito raro o contacto visual ou o cruzamento de olhares entre o espectador e o actor que está a representar.
Foi realmente notório que aquela peça foi feita de forma experimental pois alguns erros no texto foram visíveis. De qualquer maneira os actores conseguiram muito bem e muito inteligentemente dar a volta ao problema e ainda conseguir fazer rir o público.
Num todo, digamos que para primeira peça do festival, é umas das melhores.

(assim que tiver visto uma outra peça relatarvos-ei o sucedido e a minha crítica)

Friday, May 05, 2006

AGENDA CULTURAL
- Maio -

Algumas sugestões:


Música:
- Dia 18, 21:30h - Artic Monkeys, Paradise Garage (R. João de oliveira Miguens, 38/48)


Rock in Rio Lisboa (Parque da Belavista)
Dia 26
Palco Mundo
- Dzrt - 19h
- Ivete Sangalo - 20:30h
- Jamiroquai - 22h
- Shakira - 23:45h
Hot Stage
- Room 74 - 16:30h
- Fingertips - 17:50h
- Expensive Soul
Tenda Electrónica
- HP Tocarufar Project
- Luís Leite & Alex S PS
- Darkmountain Group
- David Guetta
- Groove Armada Sound
- System

Dia 27
Palco Mundo
- Pitty - 19h
- Xutos e Pontapés - 20:30h
- The Drarkness - 22h
- Guns n’ Roses - 23:45h
Hot Stage
- Wraygunn - 16:30h
- Living Things - 17:50h
- Kill the Young - 19:40h
Tenda Electrónica
- Jim Masters
- Trevor Rockliffe
- Marco Bailey
- Carl Cox

Dia 2 de Junho
Palco Mundo
- Jota Quest. - 19h
- Rui veloso - 20:30h
- Carlos Santana - 22h
- Roger Waters - 23:45h
Hot Stage
- Hands on Aproach - 16:30h
- Zé Ricardo - 17:50h
- Starsailor - 19:40h
Tenda Electrónica
- Kuski Sax and Percurssion
- François K, Joaquim “Joe”
- Claussel, Danny Krivit
- Body and Soul NYC

Dia 3
Palco Mundo
- Orishas - 19h
- Kasabian - 20:30h
- Da Weasel - 22h
- Red Hot Chilli Peppers - 23:45h
Hot Stage
- Tara Perdida - 16:30h
- Fonzie - 17:50h
- Nando Reis - 19:40h
Tenda Electrónica
- Zig Zag Warriors
- Dj Kitten
- Soulwax presents Night
- Versions 2 Many Dj’s

Dia 4
Palco Mundo
- Marcelo D2 - 18h
- Corine Bailey Rae - 19:30h
- Anastacia - 21h
- Sting - 22:45h
- GNR - 00:45h
Hot Stage
- Mesa - 16:30h
- Sandra de Sá - 17:50h
- The Gathering - 19:40h
Tenda Electrónica
- Tó Ricciardi
- Berhouz
- Dj Vibe
- Danny Tenaglia


Teatro Nacional São Carlos
(Rua Serpa Pinto, 9)
Das Reihngold - O Ouro do Reno
Ópera de Richard Wagner.
Orquestra Sinfónica Portuguesa;
Coro do Teatro Nacional de S. Carlos;
Zoltán Peskó, maestro.
28, 30 Mai, 1, 4 Jun: 20h, 3 Jun:16h


Teatro:

Centro Cultural de Belém
Pequeno Auditório
Waiting for Godot
(À Espera de Godot)

Teatro Meridional. Samuel Beckett, autoria;
Francisco Luís Parreira, tradução;
Miguel Seabra, encenação;
António Fonseca, Pedro Gil, João Pedro Vaz e
Miguel Seabra, interpretação.
18 a 20, 22 Mai: 21h, 21 Mai: 17h

Comuna Teatro de Pesquisa
A Colher de Samuel Beckett
Gonçalo M. Tavares, autoria;
João Mota, encenação;
Álvaro Correia, interpretação;
O protagonista desta peça espera alguém para quem pôs uma mesa no alto de uma das seis escadas que compõem o cenário e que ele sobe e desce, descalçando e calçando os sapatos. Tudo se desmorona porque na mesa, meticulosamente posta, falta uma colher.

FATAL - Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa
Dia 8 Mai - Jaques O Fatalista, a partir de Diderot
Encenação de Ávila Costa
GTL - Universidade de Lisboa

Dia 14 Mai - Antígona
Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra
Sófocles, autoria; André Kovalski, encenação.

Teatro da Politécnica (Museus da Politécnica - Príncipe Real)

Teatro Aberto
Sala Azul
Galileu
Bertolt Brecht, autoria;
João Lourenço e Vera San Payo Lemos, adaptação;
João Lourenço, encenação;
Adérito Lopes, Afonso Pimentel, António Cordeiro, Carla Chambel, Francisco Pestana, Irene Cruz, Joana Silva, Jorge Gonçalves, Luís Alberto, Pedro Giestas, Rui Luís Brás, Rui Mendes, Rui Melo, Rui Morisson e Susana Lourenço, interpretação.
Qua a Sáb: 21:30h, Dom: 16h

Teatro Nacional D. Maria II
Sala Garrett
Medeia
Eurípides, autoria; Sophia Mello Breyner, tradução;
Fernanda Lapa, encenação;
António Rama, Fernanda Lapa, João Grosso, José Neves, Luísa Cruz, Manuela Freitas, Inês Nogueira, Margarida Mestre, Marta Lapa, Sara Carinhas, Sofia Petinga e Sónia Neves, interpretação.

3 Mai a 11 Jun
Qua a Sáb: 21:30h, Dom: 16h

Outras ideias:
- Cow Parade (Elas andem aí! =P)
- Televisão: Não percam todas as séries que andam por aí: Donas de Casa Desesparadas, Srª Presidente, CSI, Vingadora, LOST, etc...


Mais novidades que surjam eu ponho-as aqui neste espaço
Divirtam-se!!!

Crítica: Teatro
A Gaivota, de Anton Tchekov
A dois dias do fim da apresentação desta peça na Companhia de Teatro da Cornucópia, decidi exprimir aqui aquilo que senti ao assistir a esta representação.
Primeiro há que dizer que jamais conheci a peça, o suporte textual de Tchekov. Fui na ignorância.
Esta é "uma história quase sem acção, como a vida de toda a gente, que nos mostra um grupo de pessoas numa quinta da Rússia do fim do século XIX. Em cena estão personagens que, em cima de um palco, são pessoas como nós, todos insatisfeitos, e alguns artistas, esses desesperados na sua necessidade de prender a vida com a arte, os quatro insatisfeitos também porque o não sabem fazer, todos pensando que se o fizerem viverão melhor. São tontos, estas duas actrizes, estes dois escritores. Não sabem que a arte não substitui a vida." (citando Luis miguel Cintra, encenador).
É verdade, a arte não substitui a vida, mas mesmo por isso, aquilo que a peça mostra são pessoas frustradas, tal como qualquer ser humano que se sente diminuido por não conseguir alcançar a obra perfeita. E quando se é criticado pelo que se faz (Kostia, aspirante a dramaturgo, é criticado pela mãe, Irina, uma actriz), a situação pode gerar conflitos maiores com a família ou com o nosso próprio eu.
Peça excelentemente bem encenada, representada na íntegra e com um cuidado a invejar por muitos futuros encenadores. A preocupação com cada actor é nitida quando olhamos em volta duma cena em que estão todos em palco e nenhum está ali à espera que o colega diga as suas falas para intervir, cada um vive a personagem do príncipio ao fim; Os cenários são outro aspecto muito bem conseguido. Tudo feito ao mais pequeno pormenor.
Não sei se foi do meu fascínio pelo que estava a ver ou não, mas a realidade é que não encontrei erros alguns durante as cerca de 3 horas que a peça levou. Aviso que são três horas que passam muito rápido, infelizmente.
Excelentes actores, com muito boas vozes, inclusive estando de costas para os espectadores lhes é possível arrancar as palavras ao longe...
Como já se deve ter notado, é óbvio que adorei a peça e que prometo lá voltar quando uma nova subir ao palco da Cornucópia.