What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Sunday, May 14, 2006

FATAL
Dia 11 - Quinta feira
Doze em Fúria, a partir de Sydney Lumet
Cénico de Direito - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Encenação de Pedro Wilson

Doze membros de um júri reúnem-se numa sala para decidir a culpa ou a inocência de um jovem de 18 anos que matou o pai. Desta forma ou o colocam em liberdade ou o enviam para a cadeira eléctrica. No entanto, qualquer que seja a decisão, ela só será posta em prática se os 12 estiverem de acordo. Nenhum pode decidir o contrário. Faz-se a primeira votação: onze consideram o arguido culpado, um acha que ele é inocente. É aqui que começam os problemas.
Cada um destes seres humanos, com vida lá fora, tentam despachar o processo de decisão mas a tarefa parece ser difícil. Aquele que acha que o rapaz está inocente começa a expor todas as suas dúvidas em relação ao processo as razões porque acha que ele é inocente e os outros dão-lhe os seus argumentos a favor da culpabilidade de arguido. Passam por todas as provas do crime desde a arma, às testemunhas e seus depoimentos e à medida que chegam a conclusões mais concretas, muitos vão começando a ter dúvidas se o rapaz é mesmo culpado preferindo decidir que ele é inocente.
No fim a questão fica: Será que devemos enviar alguém para a morte? E se for inocente? É sabido que qualquer pessoa é inocente até prova em contrário. Aqui se revela a complexidade e a responsabilidade de juristas e todos os membros do Direito em tomar a decisão da vida de um outro ser humano.
Mais uma peça espectacular, com alguns momentos divertidos muito bem construída no seu conteúdo fazendo com que o espectador acompanha todos os seus raciocínios.
O cenário tinha uns aspectos interessantes. Para além de doze cadeiras a formar um círculo, no centro estava a cadeira eléctrica, as portas eram feitas de arame (tal como uma prisão) e a janela da sala era a abertura de uma guilhotina quando aberta para cortar a cabeça de alguém. De resto tudo estava muito simplese também com muito bons actores.

1 Comments:

Blogger Sílvia S. said...

Parabens pela iniciativa de seguir de perto o FATAL ;)é uma atitude positivamente jornalística, e afinal, é isso que queremos ser... Então, estas definitivamente no espírito da coisa. Continua!
Bj*

6:14 PM

 

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