What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Thursday, May 11, 2006

FATAL
Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa

Durante este mês de Maio está a decorrer o festival de teatro académico no Teatro da Politécnica em Lisboa. Como já seria de esperar, gostando eu de teatro, é óbvio que não podia faltar e esta semana vai ser recheada de visitas ao local para ver a representação de várias peças que lá vão ser apresentadas. E assim que der colocarei uma crítica sobre todas as que fui ver.

Dia 8 - segunda-feira
Jacques o Fatalista, Diderot
Pelo GTL (Grupo de Teatro de Letras), Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Encenação de Ávila Costa

Jacques é um companheiro de seu amo, como que um empregado que prepara os cavalos para ele. No entanto, a sua relação com seu amo é quase de igual para igual, muitas vezes até se mostra superior. Ele acredita que tudo está previamente escrito lá no alto, o destino comanda a vida. O papel do ser humano é aceitar esse destino e conviver com ele mesmo que este seja mau.
A história desenrola-se à volta das histórias amorosas de Jacques. De entre os muitos casos amorosos que tem com várias senhoras da alta sociedade, todas elas muito dispostas a dividir o seu amor com ele, ele acaba por casar com uma empregada da casa de seu amo. Existem muitas cenas cómicas nesta peça, especialmente a parte final envolve toda a peça quando Jacques, que desconfia da mulher pois o amo e ela se apaixonaram, vê o seu destino mal parado mas nada pode fazer (“Jacques, se tens de ser corno (...) [nada podes fazer contra isso] ...portanto dorme!”).

No que diz respeito à peça em termos de estrutura e aspecto, é uma peça muito cómica e divertida, com muito bons actores, especialmente o par masculino Jacques/Amo.
Quanto à encenação, as marcas de que aquilo é obra de Ávila Costa continuam lá tal como fora o ano passado: fundo e palco negros, as luzes numa posição baixa de forma a iluminar somente a cara dos actores ou então o corpo inteiro quando há necessidade disso e também o mesmo olhar para o “horizonte”, para o “nada”. Com isto quero eu dizer, durante toda a peça é muito raro o contacto visual ou o cruzamento de olhares entre o espectador e o actor que está a representar.
Foi realmente notório que aquela peça foi feita de forma experimental pois alguns erros no texto foram visíveis. De qualquer maneira os actores conseguiram muito bem e muito inteligentemente dar a volta ao problema e ainda conseguir fazer rir o público.
Num todo, digamos que para primeira peça do festival, é umas das melhores.

(assim que tiver visto uma outra peça relatarvos-ei o sucedido e a minha crítica)

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

é um passado que se me prende ao futuro..

2:40 PM

 

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