Personalidades





Stéphane Lambiel

Provavelmente nunca ouviram este nome. Aquilo que vos posso dizer, é que ele é o actual campeão do mundo em patinagem artística e que, para nosso orgulho, é descendente de portugueses. No entanto ele representa o seu país natal nas competições, a Suíça.

Digo-vos, eu nunca gostei de nenhum desporto, nunca me dei bem com nenhuma modalidade, mas, uma que nunca me canso de ver é a patinagem artística. Em parte por causa dele.

Stéphane Lambiel é chamado de “Petit Prince” no que diz respeito às competições. É uma grande promessa para a modalidade. A beleza da sua dança, a suavidade com que desliza sobre o gelo, a alegria que demonstra enquanto actua e a forma como lida com a pressão que um desporto como estes deve trazer, são algumas das razões pelas quais eu fico colada ao ecrã a vê-lo fazer as suas demonstrações. Não é ele que acompanha a música com que se apresenta em competição mas sim a música que acompanha o seu ritmo. E ele dança qualquer coisa, desde Vivaldi até ao “You’re Beautiful” de James Blunt percorrendo o ringue ao mesmo tempo que nos mostra a beleza dos seus saltos e outros movimentos exigidos durante a sua demonstração.

Este ano foi campeão do mundo em Calgary (Canadá) e conseguiu a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim (Itália) para além de muitos outros lugares de relevo que foi atingindo ao longo de uma carreira de nove anos e que ainda está longe de terminar.
(para mais informações, inclusive na forma como são avaliadas as provas de cada atleta, vão ao site oficial dele em www.stephanelambiel.ch)

Alterações

Bom, passados somente dois meses da criação deste blog, com algum sucesso diga-se passagem, decidi fazer algumas - pequenas - alterações. Nada muito diferente. Para além de vos dar a conhecer, como sempre, as estreias semanais no cinema, vou tentar mensalmente dar-vos alguns espectáculos e eventos que se irão passar em Lisboa, só algumas sugestões, vai ser a minha Agenda Cultural.

Para além disso, também as minhas críticas a filmes que vá vendo ou peças de teatro a que vá assistir continuarão a surgir.

Irei produzir de vez em quando alguns textos (não muito reveladores) e irei também, sempre que alguém me passar pela cabeça, falar nalguma personalidade que me tenha especialmente interessado.

Espero que continuem a gostar e que, sempre que quiserem, venham comentar e deixar a vossa opinião...

=D

"A vida é feita de abandonos!"

A vida é feita de responsabilidade. Todos os dias somos confrontados com escolhas, decisões que temos de tomar e que de alguma forma irão traçar o nosso destino, embora eu acredite que ele já esteja traçado. Depois de meses, até anos na esperança de que determinada coisa aconteça, vivemos frustrados à espera que isso aconteça, desejamos e queremos cada vez mais essa coisa ... Mas isso nunca acontece, sofremos por dentro por não ter aquilo que queremos, mas o raio da esperança está lá sempre e sobrevive todos os dias um bocadinho mesmo que a rejeitemos com toda a nossa força interior (basicamente trata-se de uma alternância de contrários, para citar Platão, sendo eles esperança e frustração ...).
Até que num belo dia, toda essa esperança cai por terra. Simplesmente é impossível continuar a conviver com ela: sentimo-nos vazios e mal connosco por termos acreditado tanto tempo numa coisa impossível.
O problema é quando, face a essa impossibilidade tomamos decisões precipitadas, decisões das quais não estamos bem conscientes e que depois nos vimos a arrepender um dia, ou que simplesmente não temos a certeza de ter tomado a decisão certa ... Quer dizer, por um lado temos aquilo que desejávamos, mas por outro aquilo não é bem o que nós estávamos à espera ...
Ou então, depois de termos passado pela situação, apercebemo-nos que por mais complicada, estranha, indesejável que a experiência possa ter sido, até foi um bom momento da nossa curta vida. Vivemos momentos alegres, outros difíceis, outros com dúvidas... Mas lá no fundo, até foi bom. Temos pena que tenha sido pouco tempo, mas o que durou foi o suficiente para nos apercebermos que realmente a vida é uma dádiva, um presente dos deuses (ou do destino) e que temos que a aproveitar ao máximo ... E a vida continua, não podemos ficar presos ao passado!

Bem, tudo isto só para dizer que o Homem é um ser complicado, cheio de esperanças e frustrações, permanentemente insatisfeito e à espera que a felicidade lhe caia do céu.

Temos que saber conviver com os abandonos para o resto da nossa vida ... Basicamente a tarefa é procurar a felicidade vivendo o momento (carpe diem) porque a felicidade não vai esperar por nós. E saber vivê-la aceitando os obstáculos que ela nos irá impor.