What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Saturday, February 25, 2006

Previsões





















Visto estarmos a chegar à grande noite do cinema, aqui vão algumas previsões sobre os vencedores dos grandes prémios da Academia.

Melhor Actor:

- Philip Seymour Hoffman in “Capote” (UA/Sony Pictures Classics)
- Terrence Howard in “Hustle & Flow” (Paramount Classics, MTV Films and New Deal Entertainment)
- Heath Ledger in “Brokeback Mountain” (Focus Features)
- Joaquin Phoenix in “Walk the Line” (20th Century Fox)
- David Strathairn in “Good Night, and Good Luck.” (Warner Independent Pictures)

Na minha opinião, esta categoria é uma das mais difíceis, senão a mais difícil mesmo de escolher. No meio das 5 nomeações, digamos que todos eles estão num pé de igualdade no que diz respeito à representação das suas personagens.
Mas, quem eu acho que deveria realmente ganhar a estatueta é Heath Ledger, pelo papel contagiante e também bastante constrangedor que ele colocou aos nossos olhos. Claro que vocês podem dizer, «ah o.k., mas ele é que quis fazer aquele papel, não foi obrigado a isso». Mas ponham-se no lugar dele e pensem... Não se trata só de ter mudado a voz para representar um cowboy, símbolo maior da masculinidade americana, mas também as situações constrangedoras que teve de representar com outro actor.
Em relação aos outros, todos eles são bons, não podemos negar, também todos eles na sua maioria tiveram de alterar a voz, fazer papéis mais ou menos complicados, mas não vejo isso a um nível emocional tão grande como o que Ledger teve de fazer. Caso não ganhe este, espero que ou Joaquin Phoenix ou Philip Seymour Hoffman consigam a estatueta.

Melhor Actor Secundário:

- George Clooney in “Syriana” (Warner Bros.)
- Matt Dillon in “Crash” (Lions Gate)
- Paul Giamatti in “Cinderella Man” (Universal and Miramax)
- Jake Gyllenhaal in “Brokeback Mountain” (Focus Features)
- William Hurt in “A History of Violence” (New Line)

Sem qualquer comentário, Jake Gyllenhaal.

Melhor Actriz:

- Judi Dench in “Mrs. Henderson Presents” (The Weinstein Company)
- Felicity Huffman in “Transamerica” (The Weinstein Company and IFC Films)
- Keira Knightley in “Pride & Prejudice” (Focus Features)
- Charlize Theron in “North Country” (Warner Bros.)
- Reese Witherspoon in “Walk the Line” (20th Century Fox

Aqui a minha decisão não se torna difícil, torna-se turva... Não sei quem deveria escolher pois colocam num mesmo nível actrizes de peso (já antes galardoadas) com actrizes, que acho, sem qualquer experiência ou merecedoras de tal nomeação. De qualquer maneira, aquela que me parece com maiores probabilidades de ganhar o prémio é Felicity Huffman, pelas mesmas razões que Heath Ledger e porque me parece que a Academia anda a tentar tornar-se mais séria naqueles que nomeia e que pretende galardoar. Para além disso, como já o oscar a Charlize Theron por “Monstro” o comprovou, o júri da academia adora uma boa transformação de actrizes bonitas em completos “monstros”.

Melhor Actriz Secundária:

- Amy Adams in “Junebug” (Sony Pictures Classics)
- Catherine Keener in “Capote” (UA/Sony Pictures Classics)
- Frances McDormand in “North Country” (Warner Bros.)
- Rachel Weisz in “The Constant Gardener” (Focus Features)
- Michelle Williams in “Brokeback Mountain” (Focus Features)

A maioria das actrizes, pouco ou nada conheço do seu trabalho, não tive ainda oportunidade de ver os filmes em que representam, apenas conheço Rachel Weisz, actriz mediana de filmes como “A Múmia” e “O Regresso da Múmia” (dos quais sou suspeita porque adoro!) e Michelle Williams que - como todos sabem - fazia “Dawson’s Creek“, essa grande série de televisão com a qual podem contar no próximo verão nas tardes da TVI e que, para melhorar, é “excelentemente” dobrada em português.
De entre as duas, acho que não será uma boa escolha, muito menos justa para com as outras nomeadas, mas não as conhecendo e tendo estas duas, prefiro Michelle Williams. Esquecendo esse seu belo trabalho na série, quem vir o filme acho que perceberá o porquê da minha escolha. É mesmo um trabalho secundário, ela poucas vezes aparece, mas das vezes em que nos surge, faz uma representação espectacular, especialmente a última cena que tem no filme.

Melhor Realizador:

- “Brokeback Mountain” (Focus Features)Ang Lee
- “Capote” (UA/Sony Pictures Classics)Bennett Miller
- “Crash” (Lions Gate) Paul Haggis
- “Good Night, and Good Luck.” (Warner Independent Pictures) George Clooney
- “Munich” (Universal and DreamWorks)Steven Spielberg

Acharia interessante ver George Clooney a ganhar a estatueta pelo trabalho diferente daquele a que estamos habituados e vê-lo fazer. Mas, a minha escolha cai sobre Ang Lee, pelo respeito, sentimentalidade e emotividade com que rodou este filme. Tratam-se de planos espectaculares, paisagens magníficas (e aqui entra também o director de fotografia Rodrigo Prieto), filmagens de um extremo respeito para com os actores e uma sensibilidade acima da média. Por isto tudo, acho que ele é o grande merecedor do oscar.


Comentei aqui as principais categorias, aquelas que fazem mover esta grande noite dos oscar no dia 5 de Março, inteligentemente apresentada pelo sempre espectacular Jon Stewart. No dia 5 de Março os vencedores serão revelados.

Agora só me resta dizer: Façam as vossas apostas!!!

(Para verem todas as categorias e respectivas nomeações ou saber mais sobre os Oscar como a sua história, os anteriores galardoados ou mesmo as regras para um filme se tornar candidato à estatueta, vão a www.oscars.org)

Thursday, February 23, 2006

Estreias

Às quintas feiras, podem contar com algumas sugestões cinematográficas... (e não só, quando achar pertinente falarei aqui de outros eventos)
Vão ao cinema!

Semana 23Fev a 1Mar 2006



CAPOTE
Capote de Bennett Miller
com Philip Seymour Hoffman e Catherine Keener


Em Novembro de 1959, Truman Capote, o autor de “Breakfast at Tiffany’s” lê um artigo, do New York Times, que descreve o homicídio de quatro membros de uma família proeminente de Holcomb no Kansas. Nesta história, algo captou a atenção de Capote. Ele acredita que apresenta uma oportunidade para testar a sua antiga teoria de que, nas mãos do escritor certo, a realidade pode ser tão apaixonante como a ficção. [ www.7arte.net ]
Uma excelente interpretação de Philip Seymour Hoffman que lhe permitiu uma nomeação da academia para melhor actor.



MRS. HENDERSON
Mrs. Henderson Presents de Stephen Frears
com Judi Dench e Bob Hoskins

Londres, 1937. Laura Henderson, uma mulher de posses, sepultou recentemente o seu esposo, sentindo-se agora aborrecida. Aos 69 anos, tem demasiada energia e vitallidade para se deixar esmorecer. O que ela precisa neste momento, segundo a opinião da sua amiga Lady Conway, é de um hobby, sugerindo então diamantes, como objecto de colecção. Mas, para surpresa dos seus amigos, ela decide comprar um teatro- O Teatro Windmill... [ www.7arte.net ] Mais uma nomeação para a versátil Judi Dench.




TRANSAMERICA
Transamerica de Duncan Tucker
com Felicity Huffman e Kevin Zegers

Dentro de um cinema em que se fala de grupos sociais marginalizados, depois de Brokeback Mountain surge-nos este Transamerica .
Bree, uma mulher transsexual com uma educação superior, vive num bairro pobre de Los Angeles tendo dois empregos pra poder pagar uma cirurgia de transformação sexual final. Um dia, ao receber um telefonema de Toby, um adolescente à procura do pai e que se encontra preso, Bree, escandalizada, descobre que o desastroso encontro heterossexual, durante a sua vida como homem, resultou num filho. O instinto de Bree diz-lhe para virar as costas ao passado, mas a sua terapeuta insiste que ela deve enfrentá-lo... [ www.7arte.net ]
Mais um papel para Felicity Huffman, uma das “Donas de Casa Desesperadas” (a Time Magazine online faz uma brincadeirinha com o marido dela), num papel desafiante que a leva à nomeação para o oscar de melhor actriz.

Teatro...


Falo na categoria de espectadora. Não tenho qualquer experiência no ramo e o meu conhecimento pessoal de teatro - na sua grande e vasta generalidade do termo - é muito pequeno.
O gosto por teatro prende-se a várias razões. Primeiro a vontade de conhecer, aprender, perceber o que está por trás daquelas máscaras que cada actor usa, o trabalho que eles tiveram para chegar àquele produto final. Fascina-me a ideia de representar alguém que não é o nosso verdadeiro eu, a possibilidade de ser diferente daquilo que sou no dia-a-dia e, ao longo da vida conviver com todas aquelas personagens que um dia representámos.
O teatro transmite tristeza, alegria, preocupação, interesse, mistério, dúvida que me levam ao pensamento, à reflexão, à minha própria consciência e mais tarde me fazem mudar as minhas atitudes.
Quando assisto a uma peça de teatro sinto-me em casa, familiarizada com aquele ambiente, é como se me abraçasse e me convidasse a lá permanecer para sempre. Mas há outro lado em que o teatro se transforma numa serpente e me envolve, me cerca e sufoca injectando-me do seu veneno e adormecendo-me naquele Sonho e esvaziando a minha mente fazendo com que eu não pense em mais nada a não ser naquilo que se passa à minha volta. Nesse Sonho, os espaços mudam sem que eu saia do mesmo sítio, os sentimentos estão em permanente crescendo até ao clímax, as ideias mudam... Apenas as personagens são as mesmas - ou parecem ser -, símbolos de uma sociedade única e que me fazem vaguear entre elas.
Saio de lá meio a cambalear, embebida naquele néctar de conhecimento, riqueza de sentimentos e experiências que vêm despertar os meus sentidos.
E, purificada, a minha vida continua sem nunca esquecer as vidas que testemunhei.

Wednesday, February 22, 2006

Amor

Ao falar neste tema, as primeiras ideias que me vêm à cabeça são sofrimento, tristeza, dúvida... (Deveria pensar em felicidade?) O sentimento da felicidade ligado ao amor, na minha opinião, é completamente efémero. Tornamo-nos obsessivos, passamos o tempo a tentar saber onde anda o outro, só queremos estar perto da outra pessoa, caso surja alguma desconfiança, toda a relação planeada vai por água abaixo, e mesmo que ela seja sem fundamento, é depois o objecto de desconfiança que se torna distante, fica magoado por ter sido alvo dessa desconfiança. E vai daí vem o sofrimento, a dúvida, a falta de identificação com a cara - suposta - metade.
Pode parecer uma visão negativa do Amor, mas é a verdade. Pode ser muito bonito no início, as trocas de palavras, as brincadeiras, as provocações, os elogios mútuos, o primeiro avanço... os primeiros três meses de entendimento (e este não é um número certo, mas já agora, trata-se do número da obra perfeita)... mas e depois? O que vem para além disso? Vêm as discussões, a vida real, as dificuldades, os desencontros, os desentendimentos... e o que é que isso traz? O sofrimento, a dúvida...
Quando eu digo isto, não estou a dizer que o Amor não valha a pena, aliás, ele vale muito a pena, nem que seja para nos sentirmos felizes, diferentes, superiores a todos os outros (O Homem-ilha aproxima-se da Sociedade-arquipélago, sem se juntar a ela), onde tomamos mais atenção a nós próprios e não damos importância ao que os outros acham de nós. Vivemos somente para nós e para o outro. Mesmo assim, "O Homem é um ser permanentemente insatisfeito", nunca está contente com aquilo que possui, há sempre qualquer coisa que falta ou qualquer coisa que queria mas não pode ter. A insatisfação está presente em qualquer relação. Acho que cabe a cada um tentar transpôr para o objecto amado aquilo que quer, de forma a torná-lo o mais perfeito possível na sua visão pessoal.
Outra razão para amarmos e sofrermos (acho que realmente um não vive sem o outro) é crescermos, desenvolvermo-nos enquanto seres humanos e desfrutarmos de todas as possibilidades que a Natureza nos deu.
A verdade é que cada um tem a sua opinião em relação ao amor, na minha sincera opinião, é óptimo amar e sentir-se amado, mas ninguém se pode livrar de sofrer, mais tarde ou mais cedo. O que aqui escrevo não passa de medos e expectativas do que poderá vir a ser uma relação com alguém, num futuro mais ou menos próximo, nunca se sabe. Espero que as expectativas se confirmem e os medos simplesmente se desvaneçam. Quem sabe... um dia...

Oi!
Bem... inauguro aqui o meu blog!
Espero que com ele me conheçam melhor e aqueles para quem já não sou nenhum mistério, passem bons tempos a vaguear por esta obra prima :P e que desta forma consiga manter os vossos sonhos vivos!!!
Espero que gostem!
=)