What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Thursday, February 23, 2006

Teatro...


Falo na categoria de espectadora. Não tenho qualquer experiência no ramo e o meu conhecimento pessoal de teatro - na sua grande e vasta generalidade do termo - é muito pequeno.
O gosto por teatro prende-se a várias razões. Primeiro a vontade de conhecer, aprender, perceber o que está por trás daquelas máscaras que cada actor usa, o trabalho que eles tiveram para chegar àquele produto final. Fascina-me a ideia de representar alguém que não é o nosso verdadeiro eu, a possibilidade de ser diferente daquilo que sou no dia-a-dia e, ao longo da vida conviver com todas aquelas personagens que um dia representámos.
O teatro transmite tristeza, alegria, preocupação, interesse, mistério, dúvida que me levam ao pensamento, à reflexão, à minha própria consciência e mais tarde me fazem mudar as minhas atitudes.
Quando assisto a uma peça de teatro sinto-me em casa, familiarizada com aquele ambiente, é como se me abraçasse e me convidasse a lá permanecer para sempre. Mas há outro lado em que o teatro se transforma numa serpente e me envolve, me cerca e sufoca injectando-me do seu veneno e adormecendo-me naquele Sonho e esvaziando a minha mente fazendo com que eu não pense em mais nada a não ser naquilo que se passa à minha volta. Nesse Sonho, os espaços mudam sem que eu saia do mesmo sítio, os sentimentos estão em permanente crescendo até ao clímax, as ideias mudam... Apenas as personagens são as mesmas - ou parecem ser -, símbolos de uma sociedade única e que me fazem vaguear entre elas.
Saio de lá meio a cambalear, embebida naquele néctar de conhecimento, riqueza de sentimentos e experiências que vêm despertar os meus sentidos.
E, purificada, a minha vida continua sem nunca esquecer as vidas que testemunhei.

1 Comments:

Blogger Sílvia S. said...

O Teatro é de facto uma outra dimensão. Mas acredito que n ouvi ainda definição melhor que a da "hipérbole da vida", essa esmagou-me...De qualquer forma, a vida em si é um grande palco, e o teatro é uma imitaçao embelezada da vida e do viver - a tal mimmesis com que nos massacram constantemente no "espaço teofânico"...
Nice post;)

7:21 PM

 

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