What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Wednesday, February 22, 2006

Amor

Ao falar neste tema, as primeiras ideias que me vêm à cabeça são sofrimento, tristeza, dúvida... (Deveria pensar em felicidade?) O sentimento da felicidade ligado ao amor, na minha opinião, é completamente efémero. Tornamo-nos obsessivos, passamos o tempo a tentar saber onde anda o outro, só queremos estar perto da outra pessoa, caso surja alguma desconfiança, toda a relação planeada vai por água abaixo, e mesmo que ela seja sem fundamento, é depois o objecto de desconfiança que se torna distante, fica magoado por ter sido alvo dessa desconfiança. E vai daí vem o sofrimento, a dúvida, a falta de identificação com a cara - suposta - metade.
Pode parecer uma visão negativa do Amor, mas é a verdade. Pode ser muito bonito no início, as trocas de palavras, as brincadeiras, as provocações, os elogios mútuos, o primeiro avanço... os primeiros três meses de entendimento (e este não é um número certo, mas já agora, trata-se do número da obra perfeita)... mas e depois? O que vem para além disso? Vêm as discussões, a vida real, as dificuldades, os desencontros, os desentendimentos... e o que é que isso traz? O sofrimento, a dúvida...
Quando eu digo isto, não estou a dizer que o Amor não valha a pena, aliás, ele vale muito a pena, nem que seja para nos sentirmos felizes, diferentes, superiores a todos os outros (O Homem-ilha aproxima-se da Sociedade-arquipélago, sem se juntar a ela), onde tomamos mais atenção a nós próprios e não damos importância ao que os outros acham de nós. Vivemos somente para nós e para o outro. Mesmo assim, "O Homem é um ser permanentemente insatisfeito", nunca está contente com aquilo que possui, há sempre qualquer coisa que falta ou qualquer coisa que queria mas não pode ter. A insatisfação está presente em qualquer relação. Acho que cabe a cada um tentar transpôr para o objecto amado aquilo que quer, de forma a torná-lo o mais perfeito possível na sua visão pessoal.
Outra razão para amarmos e sofrermos (acho que realmente um não vive sem o outro) é crescermos, desenvolvermo-nos enquanto seres humanos e desfrutarmos de todas as possibilidades que a Natureza nos deu.
A verdade é que cada um tem a sua opinião em relação ao amor, na minha sincera opinião, é óptimo amar e sentir-se amado, mas ninguém se pode livrar de sofrer, mais tarde ou mais cedo. O que aqui escrevo não passa de medos e expectativas do que poderá vir a ser uma relação com alguém, num futuro mais ou menos próximo, nunca se sabe. Espero que as expectativas se confirmem e os medos simplesmente se desvaneçam. Quem sabe... um dia...

4 Comments:

Blogger Sílvia S. said...

Acontece geralmente que o caminho até chegar a certas coisas é geralmente muito mais interessante que a coisa em si.
Os preparativos para uma festa podem ser mais divertidos que a própria festa da mesma forma a antecipação de um acontecimento pode ser mais agradável que o acontecimento propriamente dito.
E este tema infame não seria excepção...
A questão é, existem novos horizontes para lá da conquista? Mesmo sendo uma pessimista crónica acredito que sim. Pelo menos conheço pessoas que me desafiam e me fazem pensar se alguma vez conhecerei os seus limites.
Por outro lado, quem pensa permanentemente no futuro, arrisca-se a perder o presente. E tu não queres isso pois não:)?

9:37 PM

 
Blogger tatiana said...

Olá diana =)

Estou a ver que o amor está em todo o lado! =P

Pois é, o tão falado "amor" implica não só felicidade mas também sofrimento. Mas vale a pena enquanto as alegrias fazem "esquecer" as desilusões. Agora, quando começa a predominar a suspeita, a dúvida, os desentendimentos a relação deve ser questionada. Para que serve uma relação que só nos faça sofrer?

Mas, não gosto (eu sei que não tenho nada que gostar xD) desse teu pessimismo em relação ao tema. Não podes pensar que passado um tempo (esse tempo próspero) as coisas mudam radicalmente. Só mudam se não lutarmos por elas! E temos que recusar essa insatisfação permanente e valorizarmos o que de bom nos vai aparecendo.


Vais ver ver esses medos vão desaparecer ;) E que, mais cedo ou mais tarde podes ter uma surpresa...


Uma úlitma nota, eu acho que o próprio amor é efémero...

Beijinho e bom trabalho neste teu espaço!

12:11 AM

 
Anonymous Anonymous said...

A minha opinião acerca do teu texto, tanto à parte do amor como à da felicidade, que de certa forma vai de encontro com a tua resume-se a este pequeno excerto..
"Abraço e diálogo são o ideal dos amantes e, portanto, o do amor e da vida. O seu desejo seria dialogar eternamente abraçados, mas o equilíbrio exige que se separem de vez em quando para recuperar energias;trabalhar para se alimentarem, vestirem e protegerem, porque se assim não fosse morreriam de fome e de amor - de prazer- enquanto procuram o sentido da existência. Ou seja, para manter estado de prazer é necessário um certo grau de esforço desagradável - de dor". (Cartas do inferno de Ramón Sampedro: a história que inspirou o filme Mar Adentro)

É sempre positivo arriscarmos entregarmo-nos ao amor, pois com isso aprendemos sempre algo, nem que seja conhecermonos melhor a nós mesmos e vermos quais são os nossos limites no que toca a uma personalidade extremamente oposta à nossa.*****

5:10 PM

 
Blogger kirbas said...

lol ok.."ao terceiro post eu meto o meu comment"..tava na brinca mas como já o fizes.te, deixo entao aki a mha visao..se a achares significativa =P sobre o Amor nao ha mt mais para dizer..já trocamos as nossas impressoes sobre o tema por isso, ja sabs o que penso =)Mas!!já que tamos a falar se sentimentos ou expressoes deixo aki uma pekena estoria de uma menina que precisou de apenas 3 meses para conhecer um rapaz e sentir que já o conhecera o suf. para lhe dar algo significativo..sem sequer pensar em receber algo em troca...algo k o rapaz jamais eskecerá..nao pelo aspecto material..mas pelo esforço de tornar significativo o mais simples dos presentes..
Já que andamos a debater um tema tao complexo como o Amor..deixo aki um exemplo de como sao os pekenos gestos que importam na sua essencia nao o tamanho da sua complexidade, o Amor alimenta.se precisa de estimulos..e no final é a na capacidade de sentir o que falta à pessoa que esta ao nosso lado, a que no meio de uma multidao é a que mais brilha.
Mais do que nos preocuparmos como explica.lo..devemos viver o Amor..e contra mim falo lol
bj* Dr.Diana e obrigado por um blog mt fofo =P

3:18 AM

 

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