What's wrong with my tongue/ These words keep slipping away/ I stutter I stumble/ Like I've got nothing to say/ I'm feeling nervous/ Trying to be so perfect (Avril Lavigne)

Thursday, March 09, 2006

Grande noite dos oscars: Comentário breve...

Peço desculpa pelo atraso neste post, o pc anda com uns problemas, mas lá consegui...

Quanto à grande noite, houve muitas surpresas, todas elas agradáveis. Para começar, o genérico do início do programa em formato digital com várias personagens de grandes clássicos foi muito bom (pela ordem em que apareceram: desde Judy Garland em “Feiticeiro de Oz“, os westerns, os famosos sabres de luz em “Star Wars” com Darth Vader, Marilyn Monroe, Clint Eastwood, Russel Crowe em “Gladiador”, “My Fair Lady”, Charlie Chaplin, “Moulin Rouge” com Nicole Kidman, “Homem Aranha”, Woody Allen, Hunphrey Bogart em “Casablanca”, “E Tudo o Vento Levou”, “Forrest Gump” com Tom Hanks, os “Incredibles” e o Super Homem entre muitos outros), todos eles rodeados pela cidade de Hollywood.
Depois veio um início muito engraçado em que quando se pretendia dar o nome do apresentador, nunca era aquele. Começou com Billy Crystal que estava muito ocupado dentro da tenda no meio da montanha Brokeback juntamente com Chris Rock; depois Steve Martin que preferia ficar com os filhos este ano para que eles não crescessem muito estranhos (do lado dele estão um rapaz e uma rapariga com o mesmo cabelo branco e penteado de Martin); põe-se a hipótese de Woopy Golberg - Oh, Hell, No!!! -; David Letterman também não podia porque ia ficar com os filhos de Steve Martin, para que eles não crescessem esquisitos (weird); depois Mel Gibson que surge num lugar inóspito com alguns nativos e a dizer uma série de coisas numa língua estranha só para dizer Não até que a única pessoa que parece restar é Jon Stewart.

Começa realmente o espectáculo e o seu discurso é bem convincente... Começa por cumprimentar o público: “Ladys, Gentelmen, Felicity...”
Depois gozou com os filmes de Spielberg: “Munich, Schindler’s List. I think I speak for all jews when I say «I can’t wait to see what happens to us next! Trilogy!!!”
Também Crash - Colisão é referido: “Raise your hand if you were not in Crash!”
Refere os remakes como “King Kong“, “A Guerra dos Mundos” e o “Walk the Line” (“is “Ray” with white people”).
Estas são só algumas das coisas que ele diz.

Agora os grandes vencedores da noite:

Melhor Actor Secundário - George Clooney, “Syriana”
Melhores Efeitos Especiais - “King Kong”, Joe Letteri, Brian van’t Hul, Christian Rivers, Richard Taylor
Melhor Filme de Animação - Wallace & Gromit in the Curse of the Were-Rabit” (Wallace & Gromit e a Maldição do Coelhomem) de Nick Park
Melhor Curta Metragem - “Six Shooter”, Martin McDonagh
Melhor Curta de Animação - “The Moon and the Son: na Imagined Conversation” de John Canemaker e Peggy Stern
Melhor Guarda-Roupa - “Memoirs of a Geisha” (Memórias de uma Gueixa), Colleen Atwood
Make-Up (melhor caracterização) - “The Chronicles of. Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” (As Crónicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa)
Melhor Actriz Secundária - Rachel Weisz “The Constant Gardener” (“O Fiel Jardineiro”)
Melhor Curta em Documentário - “A Note of Triumph: The Golden Age of Norman Corwin”
Melhor Documentário - “March of the Penguins”, Luc Jacquet, Yves Darondeau
Melhor Direcção Artística - “Memoirs of. A Geisha” (Memórias de uma Gueixa)
Melhor Banda Sonora - “Brokeback Mountain” (O Segredo de Brokeback Mountain), Gustavo Santaolalla
Mistura de Som - “King Kong”, Christopher Boyes, Michael Semanick, Michael Hedges, Hammond Peek
Oscar Honorário - Robert Altman
Melhor Canção Original - “It´s Hard Out Here for a Pimp”, Jordan Houston, Cedric Coleman, Paul Beauregard - “Hustle and Flow”
Melhor Edição de Som - “King Kong”, Mike Hopkins, Ethan Van der Ryn
Melhor Filme Estrangeiro - “Tsotsi” - África do Sul
Melhor Edição - “Crash”, Hughes Winborne
Melhor Actor - Philip Seymour Hoffman, “Capote”
Melhor Actriz - Reese Witherspoon, “Walk the Line”
Melhor Argumento Adaptado - “Brokeback Mountain”, Larry McMurthy, Diana Ossana
Melhor Argumento Original - “Crash”, Paul Haggis, Bobby Moresco
Melhor Realizador - Ang Lee, “Brokeback Mountain”
Melhor Filme - “Crash” (Colisão), Paul Haggis, Cathy Schulman

Comentários à generalidade da cerimónia: Eu gostei bastante, acho que todos os prémios foram bem atribuídos, com mais ou menos gosto por aqueles que ganharam (já sabiam das minhas preferências) e achei que todo o espectáculo foi muito virado para um público mais jovem. As performances musicais, com uma série de novidades no fundo, os próprios vencedores como por exemplo o de melhor canção, um registo hip hop, muito virado para as novas gerações que levou Jon Stewart a fazer algumas piadas com a situação, desde que foram as pessoas mais entusiastas a receber um oscar (e realmente foram, quase de uma maneira completamente desorientada, nem sabiam o que estavam ali a fazer, não diziam coisa com coisa) e a aproveitar para fazer uma brincadeira como: “Martin Scorsese 0 oscars x Three Six Mafia 1”.
Pelo meio houve também alguns tributos e homenagens a grandes clássicos do cinema para além do In Memoriam onde se homenageiam aqueles que morreram o ano passado, entre eles Anne Bancroft e Pat Morita (celebrizado pelos “Karate Kid”).
Depois foi também evidente logo desde o início criticas à crise que houve este ano nas receitas das salas de cinema e isso ficou bem evidente no discurso do novo presidente da Academia que decidi transcrever uma parte aqui:

“By the way I bet you that none of the artists nominated tonight have ever finished to shot a movie and said «this gonna look great on a DVD» because there’s nothing like the experience of watching a movie in a dark theatre looking at images on a nion developing screen with sound coming from all directions and sharing the experience with total strangers... Brought by together by the story they’re seeing”

(*peço desculpa se algumas das palavras não estiverem correctas, tentei passar aquilo que ouvi e se nos casos em que tradizi alguma coisa não esteja inteiramente correcta)

Acho que este excerto diz tudo.
Entre mais piadas e até um acidente (a quase queda da actriz Jennifer Garner), foi uma noite muito bem passada e também uma cerimónia muito equilibrada, virada para os mais jovens (de forma talvez a atrair novos fãs que se queiram dirigir às salas de cinema para ver os filmes nomeados em vez de os “sacar” da net) e onde ganharam na maior parte das vezes aqueles que mereciam.

2 Comments:

Blogger Joana C. said...

Fiquei muito surpreendida e contente por o Crash ter ganho. Não estava nada à espera!
Em geral acho que os prémios foram justos mas gostava que tivesse sido a Felicity Huffman a levar o Óscar para casa (mas Reese também merecia e devo confessar que fiquei comovida com o discurso de agradecimento dela).
Fiquei um bocado triste pelo "Corpse Bride" ter perdido e chocada por aqueles rappers terem ganho melhor canção. Devia tar tudo surdo quando votou porque a música é horrível.
A Rachel Weisz estava lindíssima, muito serena (e com um merecidíssimo Óscar).
O Jon Stewart foi um óptimo anfitrião, espero que para o ano seja ele outra vez!

10:45 PM

 
Blogger Sílvia S. said...

Esta cerimónia foi algo bastante diferente de anos anteriores.Existem duas modalidades de entrega de Oscares: ou se "escolhe" um vencedor e stick to it - qdo parece q tds as estatuetas vão ser ganhas pela mm pelicula, o que a meu ver não é a situação ideal- ou a modalidade de semear Oscares por todas as freguesias. Foi o que aconteceu este ano.
Independentemente de não ter visto o filme, também acho que Crash foi, no mínimo, inesperado; no máximo rebelde. A Academia tem uma coisa engraçada; é que tanto obedece cegamente à comunidade crítica como a ignora completamente. E no momento em que os críticos faziam "clubinho" por Brokeback Mountain a Academia diz NAO. E isso, sim, é surpreendente. Não creio que vejamos disso nas edições mais próximas. Foi arrojado...
De resto, foi um ano de ouro para as indústrias culturais (não em termos de receitas, mas qualitativamente - daí que Crash se assome ainda mais estranho..enfim).
Qto a John Stewart, esteve muito bem o senhor, foi o elemento que me foi impedindo de ir para a cama. Até que chegaram os tais "bacanos do hip-hop" que ninguém sabe de que planeta são.
Tenho a dizer que oscarizar uma rapariguinha que ainda ontem andava a fazer de "legalmente loura" (por graciosa que fosse) não me parece mto justo. Por outro lado, ignorar que existe um Tim Burton no mundo, também não é simpatico.
À parte disso, queria dizer mal mas não sei de que...queria dizer bem, mas também não sei de quê, alguém está como eu?

3:54 PM

 

Post a Comment

<< Home